Se Walt Disney Administrasse Sua Igreja.












Entendam este não é um título originalmente meu, mas que tirei de um livro que se chama Se Walt Disney administrasse seu hospital. Jamais li seu conteúdo, mas o seu título me inspirou a viajar pela possibilidade do mesmo ocorrer em nossas igrejas.
Obviamente não teríamos então igrejas, mas grandes castelos luxuosos, como os da Cinderela, Branca de Neve e Bela Adormecida. Talvez ao invés de servos, teríamos um grande número de empregados e serviçais para manter essa estrutura.
Ao invés de pregadores fiéis a palavra, teríamos então grandes personagens conhecidos mundialmente, como Mickey e Minie, a fim de promover toda esta estrutura.
Substituiríamos então os cultos por grandes shows com muitos carros alegóricos, carregando nossos famosos personagens acenando e divertindo nosso público.
Talvez então abandonássemos a genuína adoração contratando os melhores músicos e musicistas afim de promover grandes espetáculos que emocionassem a todos.
Os milagres de Cristo? Não, nesta administração eles não têm espaço. Promoveríamos enormes shows de mágica e ilusionismo. Afim de que todos ficassem encantados e perplexos com nossas habilidades.
Deixaríamos de pregar a Graça de graça. Afinal este negócio gira em torno do lucro. Sabemos irmão que não é fácil manter uma estrutura como esta, não é? Então cobraríamos quem sabe U$7.000,00 por sete dias, parcelando e financiando a perder de vista...
Água ou árvore da vida? Temos algo parecido, se chama “Tree of Life” do Animal Kingdon. Quem sabe assim jamais morreremos. Afinal para que pensar em morrer passeando em um lugar tão perfeito?
Trocaríamos as denominações por parques. Em qual você deseja ir? Magic Kingdom, Animal Kingdom, Hollywood Studios, Epcot, Blizzard Beach, Typhoon Lagoon ou Downtown Disney?

Ao final de minha análise percebo que será pouco provável que Walt Disney realmente administre a minha ou sua igreja, mas não posso deixar de notar que todos os seus conceitos estão enraizados sobre ela.
Os nossos castelos que insistimos em chamar de igrejas.
Os nossos tão famosos personagens que denominamos como pastores.
Os nossos cultos cheios de efeitos visuais e muito emocionais.
Os nossos ídolos que nomeamos por levitas.
Os nossos shows de mágica, que vergonhosamente comparamos aos milagres de Cristo. Atraindo a glória do Pai para nós mesmos.
As nossas vendas de milagres, que sem nenhum remorso chamamos de oferta.
A nossa substituição de Cristo por coisas fúteis e passageiras.
As nossas competições entre igrejas que oferecem o mesmo prato frio de macarrão instantâneo.
Entre muitas coisas, somos um grande parque de entretenimento. Talvez maior e muito mais lucrativo que a Disney.
Enquanto a igreja se preocupa em como atrair pessoas para dentro de suas portas, o Senhor se preocupa em salva-las, libertá-las e enviá-las para fora de seus muros.
A igreja hoje está preocupada apenas em idéias para suas novas atrações que possam levar mais pessoas de diferentes pensamentos a fazerem parte deste grande parque de diversão.
Na verdade somos geradores de emoções baratas e fúteis que jamais gerarão transformação de vida.
Temos uma igreja robusta e extensa que está ferida, machucada e depressiva. Porque a emoção que geramos em seus corações não gera mudança de vida e tão pouco conversão de caminho.
No final de tudo a percepção é que o sangue de muitas vidas escorre sobre nossas mãos. Enquanto dizemos aos demais que trata-se apenas de xarope de glicose.
Walt Disney está longe e ao mesmo tempo extremamente presente em nossos púlpitos.
O mundo mágico que promovemos está longe de ser o que o Senhor nos ordenou.
“E chamando a si a multidão, com os seus discípulos, disse-lhes: Se alguém quiser vir após mim, negue-se a si mesmo, e tome a sua cruz, e siga-me.” – Marcos 8 versículo 34
Igreja arrependa-se e volte ao Senhor.
Não busque atrações, mais o Amor que nos atraiu ao ponto de nos constranger.

Senhor seja o centro!
Que Deus nos perdoe.

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